sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Abertura de "Capitu"

Estreou esta seman a microssérie “Capitu” na Globo.
Destaco aqui a abertura (60" / criação e produção: Lobo).
Design em movimento de excelente qualidade.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

14ª SEACOM: Dir. de Arte I (PP - 3º sem.)

Como trabalho final de Direção de Arte I (2008/2) os alunos desenvolveram uma campanha em mídia impressa (outdoor, anúncio para jornal, cartaz e folder) e mídia alternativa para a 14ª SEACOM (Semana Acadêmico o Curso de Com. Social da Unisc). Dez duplas e grupos apresentaram suas campanhas e aqui está uma seleção do que foi produzido.


Seqüência de anúncios para jornal e blog (http://www.meutriangulo.blogspot.com/) (Aroa, Caroline e Carolina)


Cartaz, outdoor e tótem (Carina e Camila)



Folder (frente e verso) (Aline e Sâmia)


Cartaz, outdoor e adesivo (botton) (Max e Tiana)


Cartaz e painel de rua (Felipe e Dionas)


Cartaz e outdoor (Carla e Francieli)


Outdoor, anúncio para jornal e displays de rua (Bárbara e Alexandre)


E-mail marketing e cartaz (Alessandra, Melissa e Fabrício)

Obs: Postarei os demais durante a semana

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Identidade visual "Amigos do Cinema": Artes Gráficas (PP - 2º sem.)

Trabalho final para a disciplina de Arte Gráficas: desenvolvimento de manual de identidade visual para a Associação Amigos do Cinema de Santa Cruz do Sul.
A apresentação dos manuais (27 de novembro) foi acompanhada e avaliada por Caco Baptista (presidente da associação).
As marcas serão avaliadas pela diretoria e alguma delas poderá ser utilizada pelo Amigos.

Obs.: postei apenas as principais aplicações para facilitar a visualização.


Emily, Jordana e Regina


Denis Altermann


Henrique e Vitor


Denis Puhl


Diagramação: Intr. Edit. Eletrônica (1º sem.)

A disciplina de Introdução à Editoração Eletrônica (1º sem.) prevê a utilização de diversos softwares para edição de imagens e diagração. Neste semestre o último programa trabalhado foi o InDesign.
Separei alguns exemplos de peças desenvolvidas pelos alunos.


Priscila


Juliano


Jonathas


Carlos Lisboa


Ana Carla Camargo

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Preço do "Edição de Imagens em jornalismo"

O livro "Edição de imagens em jornalismo" chegou ontem da gráfica e já está à venda na Livraria da Unisc e na Feira de Porto Alegre.
O preço do livro é R$ 42,00, mas com o desconto de 20% aplicados na Livaria e na feira ele fica por R$ 33,60.
Obs.: o desconto na Livraria da Unisc é permanente.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Logos: produtora de filmes

Os logos abaixo relacionados foram desenvolvidos na disciplina de Dir. de Arte I (3° sem. PP / Unisc / 2008.2). O nome foi criado pelos alunos e a materialização das logotipias devia privilegiar o uso de metáforas visuais. Esse exercício foi desenvolvido individualmente enum período anterior aos dos cartazes (post abaixo).
...
Os logos expostos correspondem a menos da metade da turma. Postarei as demais marcas assim que eu as receber.



Alunos:
1. Bárbara; 2. Tiana; 3. Max
4. Aline; 5. Carolina; 6. Cristina; 7. Aroa

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Cartaz: A Intrusa

Meus alunos de Direção de Arte I (3° sem. PP / Unisc / 2008.2) desenvolveram cartazes para um filme baseado no conto "A intrusa" (Jorge Luis Borges). Criativamente todas as peças foram orientadas pelo uso de figuras de linguagem aplicadas à comunicação visual. Estou anexando as imagens conforme os alunos encaminham as imagens.


Carla Lidiane e Francieli


Alexandre Voese e Max da Silva


Tiana Ortiz


Aline Wenzel e Samia Hoesker


Aroa Suleiman e Caroline Henkes


Carolina Schiehl e Cristina Bruck Ramos


Barbara Paula

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Dicas: blogs e documentário


Há, mais ou menos, três semanas o Henrique (aluno de PP da Unisc) me emprestou uma cópia do documentário Helvetica (2007). Ontem à noite, finalmente, pude assisti-lo. Excelente e raro. Procurei pelo DVD original para que a Biblioteca da Unisc pudesse comprá-lo e achei apenas o blu ray (Título original: HELVETICA / Mídia: BLU RAY /Ano de produção: 2007 / País de Produção: Estados Unidos / Duração: 80 minutos).
Resumidamente, o documentário é baseado na forma como grandes designers da atualidade e dos anos 1960 e 70 se relacionam (amores, ódios, indiferença etc.) com o tipo Helvética. A tensão entre os conceitos relacionados ao modernismo e ao pós-modernismo também estão bem presentes. Para quem gosta de design e cultura contemporânea trata-se de um video imperdível.
...
Outra dica interessante, também do Henrique, diz respeito à capa que comemora os 75 anos da Esquire. Confere que vale a pena: http://br.youtube.com/watch?v=iKS12PMdJ6w
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O Samuel (aluno do curso e um dos proprietários da Empório) também enviou uma dica interessante. O site http://www.smashingmagazine.com/ oferece várias tutoriais de Photoshop e muita informação atualizada sobre tipografia e design gráfico de forma geral. Já acrescentei à lista de links (ao lado).

domingo, 28 de setembro de 2008

figuras coloridas

Figuras coloridas do texto "Design para capas de revistas: padronização e flexibilização" publicado no livro "Edição de imagens em jornalismo" (Edunisc, 2008).
(obs.: 1. no texto impresso as imagens estão disponíveis em P&B; 2. as capas não estão diagramadas em formatos proporcionais entre os diferentes títulos)


Figuras: 1, 2, 3, 4 e 5


Figuras: 6, 7, 8, 9 e 10


Figuras: 11, 12, 13, 14, 15 e 16


Figuras: 17, 18, 19, 20, 21 e 22


Figuras: 23, 24, 25 e 26

Figuras: 27, 28, 29, 30 e 31


Figuras: 32, 33, 34, 35, 36 e 37

Figuras: 38, 39, 40, 41, 42 e 43


Figuras: 44, 45, 46, 47, 48 e 49

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Capa de livro: Relações Públicas: perspectivas e interfaces



As professoras Elizabeth e Mônica(UNISC) organizaram o livro "Relações Públicas: perspectivas e interfaces" (Edunisc) e a mim foi conferida a tarefa de pensar uma capa.
Entreguei algumas propostas na semana passada e a versão aprovada foi essa.
A ilustração é francamente inspirada na litografia Relatividade (1953) de Maurits Cornelis Escher e representa bem a conjunção entre perspectivas (conflitantes e entrelaçadas), interfaces (portas, passagens, janelas, corredores, escadas), trânsito de opiniões (pessoas caminhando em diversos sentidos) e esfera pública.
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A capa será impressa em duas cores e o preto receberá uma cobertura de verniz localizado.
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Ainda não há data prevista para o lançamento.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Annie Leibovitz: a vida através das lentes (doc.)



Assisti, dias atrás, ao documentário sobre a vida e o trabalho de Annie Leibovitz.
Annie é uma das fotógrafas, especialmente no segmento editorial, mais importantes das últimas décadas e é a responsável por uma série de imagens que são a cara do final do século XX.
O documentário não é uma maravilha do gênero, mas vale como referência e registro.
Encontrei o DVD, aqui em Santa Cruz, na Tropical do Shopping.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Trabalhos de alunos - Artes Gráficas 2008/2



Trabalho desenvolvido pelos meus alunos de Artes Gráficas (2º sem).
A proposta consistia em denvolver o design para as capas de Cds a partir de certos movimentos ou escolas históricas relacionadas ao design gráfico.
Para este exercício os alunos não utilizaram nenhum tipo de recurso digital.

Alunos em ordem:
Regina (De Stijl), Jordana (Cubismo), Vitor (Cubismo), Denis P. (Construtivismo Russo);
Emily (Art Nouveau), Henrique (Estilo Internacional) e Denis A. (Bauhaus).

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Lançamento na Feira do Livro de POA

O livro "Edição de imagens em jornalismo" (Edunisc) ainda não está pronto, mas o lançamento para a Feira do Livro de Porto Alegre já foi marcado.
Será no dia 5 de novembro. Ainda não sei o horário.
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Como ando sem muito assunto e este blog é mais um exercício do que qualquer outra coisa, não tenho me preocupado muito com a periodicidade dos posts.
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Aproveito para deixar uma dica de leitura:
Coetzee, J. M. Diário de um ano ruim. São Paulo: Cia das Letras, 2008.
Ainda não finalizei, mas já considero a minha melhor leitura do ano. Melhor até do que o "Fantasma sai de cena" do Roth.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Homenagem ao dia do meu pai

O pai do Amós Oz inventa palavras para coisas novas com uma língua muito antiga: o hebraico. Moisés quando atravessou desertos e mares falava hebraico e naquela época as palavras dos mandamentos eram conhecidas de todos: matar, mentir, roubar e assim por diante. Ninguém fazia idéia desde quando os homens matavam, mentiam e roubavam e as palavras para nomear tudo isso deviam existir desde sempre. Pois é, mas computador, televisão, Internet e energia nuclear o Moisés nem seus contemporâneos sabiam o que era e não havia razão para criar palavras para essas coisas.
Uma das ocupações do pai do Amós Oz, hoje em dia, é tentar criar palavras para coisas modernas usando essa língua quase morta.
Meu pai também tem esse dom, inventar palavras, mas ninguém pede para ele criá-las. Ele as cria porque é um insatisfeito. Não suporta aquilo que não tem um nome. Na verdade, hoje, quase tudo já tem nome. Mas há coisas que conhecemos e não sabemos os nomes. Há coisas também que têm nomes inadequados. Especialmente para o meu pai.
Durante anos vi um certo pinheiro crescer lentamente no pátio da minha casa. Era o assobialino. Nunca me pareceu um nome estranho. Nunca desconfiei e não foram raras as vezes que disse, cheio de convicção, que aquilo era um pé de assobialino. Assobiliano vem do efeito sonoro que a conífera provoca diante dos ventos mais impertinentes. Ele faz aquele barulhinho: zzzzzzzzzzzzzziiiiii! Algo assim. O quarto do pai e da mãe fica bem atrás do lugar onde existia o tal pinheiro assobiador. Não foram poucas as noites que meus pais devem ter ouvido o assobialino justificar seu nome. Passou o tempo e o esclarecimento achou por bem chamar o assobialino de Pinus Iliote (se bem que eu até tenho dúvidas sobre esse nome). Uma injustiça diante da poesia de assobialino. Restou a palavra. A árvore, minha mãe mandou eu cortar. Ela botava em risco a casa quando os ventos uivantes davam as caras.
A época do pão-de-bico eu não peguei. Meus irmãos passaram a infância comprando o tal de pão-de-bico. Era o pão francês grande. Mas eu só conheci o dito cujo por esse nome besta depois de grande. Pra mim, sempre o foi o pão d’água. Meus irmãos acreditam que pão-de-bico tenha sido mais uma reparação à língua portuguesa que não oferecia o termo apropriado àquele pão tão sem graça e que só se notabilizava pela forma bicuda das extremidades.
Meu pai não é um biólogo, tampouco se ressente disso. Isso, de forma alguma, o tornou incapaz de reconhecer uma nova espécie de ave azul com um bico semelhante a uma caturrita (esse bichos parecidos com cocotas). O animal inominado foi batizado como quiu-quiu. O nome reproduzia onomatopeicamente o “canto” da ave. O nome se espalhou pelo Porto das Mesas – o habitat onde a ave “rara” foi avistada pelo exímio observador da natureza. Tempos depois algum sujeito sem a capacidade de criar o seu próprio mundo desaconselhou o nome de quiu-quiu e veio com algum outro nome creditado como o verdadeiro. Ignoro.
Há, também, as palavras incapazes de sozinhas darem conta da multiplicidade dos usos de objetos corriqueiros. Assim como o esquimó vê e nomeia uma infinidade de brancos, o marceneiro – profissão do meu pai – vê seus móveis repletos de possibilidades lingüísticas. A palavra prateleira é usualmente aplicada para servir de base para objetos ou separação horizontal em balcões, estantes, armários e mais um monte de móveis. Serve também para colocar pratos e aí entra a solução lingüística do meu pai. Prateleiras servem para sustentar pratos e parteleiras servem para partir, separar. Há uma coerência etimológica. Acredito.
Há mais uma penca de peixes que, provavelmente, só a minha família deva conhecer pelos nomes que conhecemos. Não sou o Amós Oz e nem meu pai é o pai dele e nem por isso deixamos de ter um certo hebraico falado numa certa casa basca ali pelo Bom Jesus.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Vencedores do SPD 43 (2007)


Conheça os vencedores do 43º concurso de design da SPD.
Visite o site - http://www.spd.org/winners08/ - e veja todas
as publicações em mídia impressa que se destaram em 2007 nos EUA.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mais logos



Lembrei e encontrei mais alguns logos que criei ou ajudei a criar.
A marca da Rech foi desenvolvida juntamente com o Geraldinho
ainda na época que era necessário usar aerógrafo para gerar efeitos
de profundidade ou 3D.
A Pagus não existe mais e as outras estão firmes e atuantes.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Cartazes: Feira do Livro de Santa Cruz do Sul



Durante os anos de 2005, 2006 e 2007 fiz parte da comissão organizadora
da Feira do Livro em Santa Cruz e nesses anos fui o responsável
pela criação do material publicitário.
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Na 18ª edição a feira estava retornando para a praça e era necessário deixar isso bem claro.
Trabalhamos com o conceito 'um banho de literatura' e a imagem mais marcante da praça,
o chafariz, foi ilustrada com hidrocor pelo artista Hugo Bras.
A água que jorra do chafariz é um poema de Mario Quintana.
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No ano de 2006 foi comemorado os 100 anos de nascimento de Mario Quintana
e o escritor foi o homenageado da feira. A ilustração foi novamente de Hugo Bras.
O design gráfico tem franca influência do estilo Art Nouveau.
A opção pelo estilo tem motivações pessoais e tem relação com o estilo do hotel onde
Quintana viveu boa parte da sua vida.
A frase-tema da feira era "respire novos mundos". O poema de Mario que segue abaixo
da frase, nas peças gráficas, fala sobre o poder que a literatura tem de arejar as nossas vidas.
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Na 20ª feira houve uma ênfase nas atrações paralelas relacionadas, principlamente, ao teatro.
O conceito foi sugerido peo Luís Rehbein (SESC) e o material publicitário procurou tornar isso
visível através de uma série de imagens relacionadas às atividades da feira.
Essas imagens foram produzidas a partir de uma série de fotografias realizadas com os atores do
Espaço Camarim.

Nova versão para "Edição de imagens em jornalismo"

Ainda não temos uma decisão final
sobre a capa para o livro.
A nova proposta altera a cor,
a textura (valoriza o uso de retículas)
e o corte (agora há uma moldura branca)
em relação à versão anteriror.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Edição de imagens em jornalismo

Até setembro a Edunisc deverá lançar o livro "Edição de imagens em jornalismo".
O trabalho reúne textos relacionados à edição de imagens em: televisão, web, assessoria de imprensa, capas de revista, jornalismo móvel e mídia impressa (jornais e revistas).
Os organizadores são as professoras Ângela Felippi e Fabiana Piccini e o professor Demétrio de Azeredo Soster. Todos da Unisc.

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Há um texto meu sobre design gráfico e edição de imagens para capas de revista
A capa do livro também é de minha autoria.
A imagem do fundo é um recorte da obra "3 de maio de 1808" (1814) de Francisco Goya.
A opção pela imagem está relacionada ao fato de ela representar sinteticamente a Guerra Civil Espanhola aos olhos de Goya. O artista fez a sua edição da guerra.
Na capa do livro foi feita mais uma edição. A tipografia formando um quadro explora ainda mais a idéia de recorte, síntese e exclusão.
Outro aspecto é o fato de a imagem ser de domínio público, tanto em termos legais quanto na sua familiaridade visual.

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No texto que eu escrevi há uma série de imagens de capas. Infelizmente elas serão impressas em P&B. Pretendo disponibilizá-las em JPGs coloridos neste blog a partir do momento que o livro começar a ser comercializado.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Capa da New Yorker


A capa da New Yorker desta semana merece destaque.
O pessoal do Obama não gostou e está acusando a revista de mau gosto e coisas assim.
Como capa ela é excepcional.
Segue abaixo a explicação do editor da NY:
O editor da New Yorker, David Remnick, divulgou um comunicado para explicar o sentido editorial da ilustração de Barry Blitt, que como todas as capas da revista fundada em 1925 é um desenho sem texto.
"Nossa capa sobre a 'campanha de medo' reúne uma série de imagens fantasiosas sobre dos Obama e as mostra como óbvias distorsões", alegou Remnick.
Segundo o editor, "tanto a bandeira queimada, como o traje de nacionalista islâmico radical, o toque das mãos ou o retrato na parede, se referem a um ou outro desses ataques".
"A sátira é parte de nossa atividade, e é destinada a deixar as coisas abertas, ao apresentar um espelho frente ao preconceito, ao ódio e ao absurdo. Esse é o espírito da capa", insistiu.
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O autor da charge defendeu seu desenho insistindo que a intenção era denunciar os "ridículos" que são os ataques contra o candidato democrata.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Logos: resumo dos últimos anos

Aí está uma lista dos logos que andei produzindo nos últimos anos.
Por várias razões algumas marcas não constam nesta amostra.
Há marcas que já passaram por redesenho (Viavale), outras não existem mais porque as empresas fecharam (Etges e PãoQueijo&Cia), outras têm circulação mais restrita (Braços Abertos, AHMRP e Solar Costa Verde) e outras que eu perdi o contato (Ravel, Nobre Tecnologia, New Color e Toque Exclusivo).














Cartazes: The Dark Knight



Acesse http://www.impawards.com/
e conheça os excelentes cartazes criados para
o filme do Batman. Vale a pena!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Seja feliz

O Adão plantou uma árvore bem pertinho da rua. Quase no cordão. Planta de poucas e largas folhas. A muda deve ter uns 60 centímetros. Na hora em que eu passei, ele estava sentado ao lado. Plantou hoje. Ontem passei por ali e ele tratava de espantar as moscas. Agora, uma árvore faz companhia ao mate a às moscas. Deve pensar que a sombra será sua companhia no próximo ano. Ato de fé.

Caminhar tem dessas coisas. O Gonzagão já adiantava que o pobre levava vantagem sobre o rico por poder ver o galo campina, o orvalho sobre o capim e outras revelações só porque caminhava. O rico anda de carro e vê a sinaleira ou o sinal, como dizem na novela. Não sou pobre e caminho por capricho. Porém, caminho. Não me culparei por isso.

Quando se chega ‘de a pé’ na casa dos outros o costume é bater palmas ou dar um assobio se o sujeito tem medo de cachorro. Quando se chega à casa dos queridos o bom hábito diz que devemos ir entrando. Anuncia-se com um ‘opa’ ou qualquer interjeição vernácula. Sabe-se lá o que os queridos andam a fazer e não é próprio dos homens de bem atrapalhar a diversão dos amigos.

É na casa dos amigos que vivemos boa parte das nossas vidas, seja chegando ‘de a pé’ ou sobre rodas ou sobre patas. É na casa dos amigos que aprendemos a cuidar ou não dos filhos e é na casa dos amigos que decidimos ou não a ter filhos. Sobretudo, é tendo amigos que vamos à casa de amigos.

Não se passa a vida toda na casa dos amigos. Quando se caminha pela cidade pode acontecer de passarmos na casa deles. No dia-momento da árvore do Adão eu acabara de passar na casa de um. Passei como quem faz visita de médico. Poucos minutos. Ver se as crianças andam saudáveis (sempre, a seu modo, estão), ver se as coisas continuam andando. Estão, a seu modo. A vida é assim, tem lá suas impertinências.

O Adão vende melancias todos os anos nos fundos do prédio onde eu moro. Bota sua barraquinha num terreno desocupado e os filhos ficam por ali. De tempos em tempos ele traz as melancias de algum ponto do interior de Rio Pardo. Não duvido que seja do Passo da Taquara. Não duvido que seja das terras do Palmiro.

Seu Palmiro anda pousando alguns tempos na casa do tal amigo. É seu sogro. A voz anda fraca. Os olhos não. A alma anda, ainda, a espiar por demais. Assim me parece. Antes de iniciar o tranco de volta pra casa, estico a mão ao senhor que descansa no sofá da sala, digo um até mais e ele pede afetuosamente que eu me aproxime: “seja feliz”. Sai como um fiapo de vida, de urgência em alertar aos mais jovens que a vida é feita pra isso mesmo. Para se ser feliz. Prometo que sim muito mais a ele do que a mim.

Final 1: Não vivo de vender melancias, não preciso da sombra incerta de uma árvore plantada em um terreno incerto que sobreviverá ou não a um tempo e a uma vida incerta. A felicidade é um risco muito grande. Traz muito sofrimento para quem vê o fim se aproximar. Melhor o desencanto. A morte é, então, o tal paraíso.

Final 2: Viver é acreditar que vivemos uma só vez. É apostar que a sombra brotará mesmo na terra alheia, mesmo num cenário completamente adverso e improvável. Viver é ombrear o final e, mesmo diante do provável, pedir para o outro ser feliz, pedir para apostar na vida que seguirá sem ele.

Final 3: Volto pra casa. Entro pelo portão dos fundos. O corpo pede um banho. Pelo terceiro dia seguido entro por este portão praticamente na mesma hora e vejo, pela janela da sala, o mesmo senhor sentado diante da TV. Ele mora no B3. Não nos invejamos, provavelmente. Cada um, a seu modo, repete os dias e vive sem saber o que é depender do tempo para aplacar o sol ou a morte.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Umberto

Humberto! Humberto, Humberto, Humberto!!!
Viu?! Ele é surdo. Surdo e cego. Está muito velho.
Entre o nascer e o morrer o sujeito espera o tempo consumir os seus sentidos. A vitalidade vai se tornando uma lembrança e em pouco tempo não há nem as lembranças. Humberto tem catarata, não ouve, caminha com dificuldade e os dentes já são raros. Está velho. Faz companhia ou permite que lhe façam. Fica na varanda o dia todo. Às vezes dá algum suspiro de rebeldia e vaga pelas quadras vizinhas. Consegue dar uma escapada. Perde-se e alguém precisa encontrá-lo pelas ruas.
Viemos juntos lá da fronteira. Lá de Rivera, ou Livramento. Para mim, tanto faz.
Minha mulher ficou. Não veio até agora e, pelo jeito, não vem mais.
Ligou pra mim no final do ano. Acho que não estamos mais casados. Preferiu o pai.
Humberto é velho, mas veio. Agüentou a viagem e não se queixa dos novos ares. Acho que, até, gosta. Humberto não está mais em idade de se importar com essas veleidades. Um dia a mais é a glória e não será a falta da campanha ou do minuano que irá lhe fazer mal. As vaidades ficaram para trás e a memória já é um luxo que garante poucas coisas: algum sabor da carne uruguaia, alguma angústia, algum sonho não compreendido.

Esse Humberto é com ‘agá’ ou com ‘u’?
Com ‘u’. Viu?! Ele não tem um só fio branco. Ainda é guapo.
Umberto tem um jeito resignado. Os velhos, muitas vezes, tem um ar imponente. Quase a soberba dos sábios. Umberto não empina o nariz ou parece saber de tudo. Ele só espera. Sabe o que está à sua espera e a respiração denuncia o entediamento de uma tarde de domingo sem fim. Tem razões para isso. O criador já lhe ofereceu o melhor e daqui pra diante não há mais nada. Só um tempo lento. Um tempo que multiplica cada minuto e faz os dias se transformarem em eras.
A estação ameaça virar, ameaça o velho com os humores do tempo gaúcho. Manhã de calorão, tarde gelada e noite de garoa com vento. Esses dias de destempero são a ruína dos desvalidos. O velho corre riscos.
Umberto não é algum umbertodê. Esse Umberto não terá um de Sica. Não correrá atônito atrás de um vira-latas. Este Umberto é um cão velho, sem dentes, cego e surdo.
É meu companheiro. Ele veio. Ela não.