sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Abertura de "Capitu"
Destaco aqui a abertura (60" / criação e produção: Lobo).
Design em movimento de excelente qualidade.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
14ª SEACOM: Dir. de Arte I (PP - 3º sem.)
Seqüência de anúncios para jornal e blog (http://www.meutriangulo.blogspot.com/) (Aroa, Caroline e Carolina)
Cartaz, outdoor e tótem (Carina e Camila)
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Identidade visual "Amigos do Cinema": Artes Gráficas (PP - 2º sem.)
A apresentação dos manuais (27 de novembro) foi acompanhada e avaliada por Caco Baptista (presidente da associação).
As marcas serão avaliadas pela diretoria e alguma delas poderá ser utilizada pelo Amigos.
Obs.: postei apenas as principais aplicações para facilitar a visualização.
Emily, Jordana e Regina
Denis Altermann
Diagramação: Intr. Edit. Eletrônica (1º sem.)
Separei alguns exemplos de peças desenvolvidas pelos alunos.
Priscila
Juliano
Jonathas
Carlos Lisboa
Ana Carla Camargo
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Preço do "Edição de Imagens em jornalismo"
O preço do livro é R$ 42,00, mas com o desconto de 20% aplicados na Livaria e na feira ele fica por R$ 33,60.
Obs.: o desconto na Livraria da Unisc é permanente.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Logos: produtora de filmes
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Os logos expostos correspondem a menos da metade da turma. Postarei as demais marcas assim que eu as receber.
Alunos:
1. Bárbara; 2. Tiana; 3. Max
4. Aline; 5. Carolina; 6. Cristina; 7. Aroa
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Cartaz: A Intrusa
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Dicas: blogs e documentário
domingo, 28 de setembro de 2008
figuras coloridas
(obs.: 1. no texto impresso as imagens estão disponíveis em P&B; 2. as capas não estão diagramadas em formatos proporcionais entre os diferentes títulos)
Figuras: 1, 2, 3, 4 e 5
Figuras: 6, 7, 8, 9 e 10
Figuras: 11, 12, 13, 14, 15 e 16
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Capa de livro: Relações Públicas: perspectivas e interfaces
As professoras Elizabeth e Mônica(UNISC) organizaram o livro "Relações Públicas: perspectivas e interfaces" (Edunisc) e a mim foi conferida a tarefa de pensar uma capa.
Entreguei algumas propostas na semana passada e a versão aprovada foi essa.
A ilustração é francamente inspirada na litografia Relatividade (1953) de Maurits Cornelis Escher e representa bem a conjunção entre perspectivas (conflitantes e entrelaçadas), interfaces (portas, passagens, janelas, corredores, escadas), trânsito de opiniões (pessoas caminhando em diversos sentidos) e esfera pública.
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A capa será impressa em duas cores e o preto receberá uma cobertura de verniz localizado.
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Ainda não há data prevista para o lançamento.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Annie Leibovitz: a vida através das lentes (doc.)
Annie é uma das fotógrafas, especialmente no segmento editorial, mais importantes das últimas décadas e é a responsável por uma série de imagens que são a cara do final do século XX.
O documentário não é uma maravilha do gênero, mas vale como referência e registro.
Encontrei o DVD, aqui em Santa Cruz, na Tropical do Shopping.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Trabalhos de alunos - Artes Gráficas 2008/2
Trabalho desenvolvido pelos meus alunos de Artes Gráficas (2º sem).
A proposta consistia em denvolver o design para as capas de Cds a partir de certos movimentos ou escolas históricas relacionadas ao design gráfico.
Para este exercício os alunos não utilizaram nenhum tipo de recurso digital.
Alunos em ordem:
Regina (De Stijl), Jordana (Cubismo), Vitor (Cubismo), Denis P. (Construtivismo Russo);
Emily (Art Nouveau), Henrique (Estilo Internacional) e Denis A. (Bauhaus).
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Lançamento na Feira do Livro de POA
Será no dia 5 de novembro. Ainda não sei o horário.
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Como ando sem muito assunto e este blog é mais um exercício do que qualquer outra coisa, não tenho me preocupado muito com a periodicidade dos posts.
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Aproveito para deixar uma dica de leitura:
Coetzee, J. M. Diário de um ano ruim. São Paulo: Cia das Letras, 2008.
Ainda não finalizei, mas já considero a minha melhor leitura do ano. Melhor até do que o "Fantasma sai de cena" do Roth.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Homenagem ao dia do meu pai
Uma das ocupações do pai do Amós Oz, hoje em dia, é tentar criar palavras para coisas modernas usando essa língua quase morta.
Meu pai também tem esse dom, inventar palavras, mas ninguém pede para ele criá-las. Ele as cria porque é um insatisfeito. Não suporta aquilo que não tem um nome. Na verdade, hoje, quase tudo já tem nome. Mas há coisas que conhecemos e não sabemos os nomes. Há coisas também que têm nomes inadequados. Especialmente para o meu pai.
Durante anos vi um certo pinheiro crescer lentamente no pátio da minha casa. Era o assobialino. Nunca me pareceu um nome estranho. Nunca desconfiei e não foram raras as vezes que disse, cheio de convicção, que aquilo era um pé de assobialino. Assobiliano vem do efeito sonoro que a conífera provoca diante dos ventos mais impertinentes. Ele faz aquele barulhinho: zzzzzzzzzzzzzziiiiii! Algo assim. O quarto do pai e da mãe fica bem atrás do lugar onde existia o tal pinheiro assobiador. Não foram poucas as noites que meus pais devem ter ouvido o assobialino justificar seu nome. Passou o tempo e o esclarecimento achou por bem chamar o assobialino de Pinus Iliote (se bem que eu até tenho dúvidas sobre esse nome). Uma injustiça diante da poesia de assobialino. Restou a palavra. A árvore, minha mãe mandou eu cortar. Ela botava em risco a casa quando os ventos uivantes davam as caras.
A época do pão-de-bico eu não peguei. Meus irmãos passaram a infância comprando o tal de pão-de-bico. Era o pão francês grande. Mas eu só conheci o dito cujo por esse nome besta depois de grande. Pra mim, sempre o foi o pão d’água. Meus irmãos acreditam que pão-de-bico tenha sido mais uma reparação à língua portuguesa que não oferecia o termo apropriado àquele pão tão sem graça e que só se notabilizava pela forma bicuda das extremidades.
Meu pai não é um biólogo, tampouco se ressente disso. Isso, de forma alguma, o tornou incapaz de reconhecer uma nova espécie de ave azul com um bico semelhante a uma caturrita (esse bichos parecidos com cocotas). O animal inominado foi batizado como quiu-quiu. O nome reproduzia onomatopeicamente o “canto” da ave. O nome se espalhou pelo Porto das Mesas – o habitat onde a ave “rara” foi avistada pelo exímio observador da natureza. Tempos depois algum sujeito sem a capacidade de criar o seu próprio mundo desaconselhou o nome de quiu-quiu e veio com algum outro nome creditado como o verdadeiro. Ignoro.
Há, também, as palavras incapazes de sozinhas darem conta da multiplicidade dos usos de objetos corriqueiros. Assim como o esquimó vê e nomeia uma infinidade de brancos, o marceneiro – profissão do meu pai – vê seus móveis repletos de possibilidades lingüísticas. A palavra prateleira é usualmente aplicada para servir de base para objetos ou separação horizontal em balcões, estantes, armários e mais um monte de móveis. Serve também para colocar pratos e aí entra a solução lingüística do meu pai. Prateleiras servem para sustentar pratos e parteleiras servem para partir, separar. Há uma coerência etimológica. Acredito.
Há mais uma penca de peixes que, provavelmente, só a minha família deva conhecer pelos nomes que conhecemos. Não sou o Amós Oz e nem meu pai é o pai dele e nem por isso deixamos de ter um certo hebraico falado numa certa casa basca ali pelo Bom Jesus.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Vencedores do SPD 43 (2007)
Conheça os vencedores do 43º concurso de design da SPD.
Visite o site - http://www.spd.org/winners08/ - e veja todas
as publicações em mídia impressa que se destaram em 2007 nos EUA.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Mais logos
Lembrei e encontrei mais alguns logos que criei ou ajudei a criar.
A marca da Rech foi desenvolvida juntamente com o Geraldinho
ainda na época que era necessário usar aerógrafo para gerar efeitos
de profundidade ou 3D.
A Pagus não existe mais e as outras estão firmes e atuantes.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Cartazes: Feira do Livro de Santa Cruz do Sul
Durante os anos de 2005, 2006 e 2007 fiz parte da comissão organizadora
da Feira do Livro em Santa Cruz e nesses anos fui o responsável
pela criação do material publicitário.
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Na 18ª edição a feira estava retornando para a praça e era necessário deixar isso bem claro.
Trabalhamos com o conceito 'um banho de literatura' e a imagem mais marcante da praça,
o chafariz, foi ilustrada com hidrocor pelo artista Hugo Bras.
A água que jorra do chafariz é um poema de Mario Quintana.
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No ano de 2006 foi comemorado os 100 anos de nascimento de Mario Quintana
e o escritor foi o homenageado da feira. A ilustração foi novamente de Hugo Bras.
O design gráfico tem franca influência do estilo Art Nouveau.
A opção pelo estilo tem motivações pessoais e tem relação com o estilo do hotel onde
Quintana viveu boa parte da sua vida.
A frase-tema da feira era "respire novos mundos". O poema de Mario que segue abaixo
da frase, nas peças gráficas, fala sobre o poder que a literatura tem de arejar as nossas vidas.
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Na 20ª feira houve uma ênfase nas atrações paralelas relacionadas, principlamente, ao teatro.
O conceito foi sugerido peo Luís Rehbein (SESC) e o material publicitário procurou tornar isso
visível através de uma série de imagens relacionadas às atividades da feira.
Essas imagens foram produzidas a partir de uma série de fotografias realizadas com os atores do
Espaço Camarim.
Nova versão para "Edição de imagens em jornalismo"
sobre a capa para o livro.
A nova proposta altera a cor,
a textura (valoriza o uso de retículas)
e o corte (agora há uma moldura branca)
em relação à versão anteriror.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Edição de imagens em jornalismo
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Capa da New Yorker
"Nossa capa sobre a 'campanha de medo' reúne uma série de imagens fantasiosas sobre dos Obama e as mostra como óbvias distorsões", alegou Remnick.
Segundo o editor, "tanto a bandeira queimada, como o traje de nacionalista islâmico radical, o toque das mãos ou o retrato na parede, se referem a um ou outro desses ataques".
"A sátira é parte de nossa atividade, e é destinada a deixar as coisas abertas, ao apresentar um espelho frente ao preconceito, ao ódio e ao absurdo. Esse é o espírito da capa", insistiu.
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O autor da charge defendeu seu desenho insistindo que a intenção era denunciar os "ridículos" que são os ataques contra o candidato democrata.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Logos: resumo dos últimos anos
Por várias razões algumas marcas não constam nesta amostra.
Há marcas que já passaram por redesenho (Viavale), outras não existem mais porque as empresas fecharam (Etges e PãoQueijo&Cia), outras têm circulação mais restrita (Braços Abertos, AHMRP e Solar Costa Verde) e outras que eu perdi o contato (Ravel, Nobre Tecnologia, New Color e Toque Exclusivo).
Cartazes: The Dark Knight
Acesse http://www.impawards.com/
e conheça os excelentes cartazes criados para
o filme do Batman. Vale a pena!
terça-feira, 24 de junho de 2008
Seja feliz
O Adão plantou uma árvore bem pertinho da rua. Quase no cordão. Planta de poucas e largas folhas. A muda deve ter uns 60 centímetros. Na hora em que eu passei, ele estava sentado ao lado. Plantou hoje. Ontem passei por ali e ele tratava de espantar as moscas. Agora, uma árvore faz companhia ao mate a às moscas. Deve pensar que a sombra será sua companhia no próximo ano. Ato de fé.
Caminhar tem dessas coisas. O Gonzagão já adiantava que o pobre levava vantagem sobre o rico por poder ver o galo campina, o orvalho sobre o capim e outras revelações só porque caminhava. O rico anda de carro e vê a sinaleira ou o sinal, como dizem na novela. Não sou pobre e caminho por capricho. Porém, caminho. Não me culparei por isso.
Quando se chega ‘de a pé’ na casa dos outros o costume é bater palmas ou dar um assobio se o sujeito tem medo de cachorro. Quando se chega à casa dos queridos o bom hábito diz que devemos ir entrando. Anuncia-se com um ‘opa’ ou qualquer interjeição vernácula. Sabe-se lá o que os queridos andam a fazer e não é próprio dos homens de bem atrapalhar a diversão dos amigos.
É na casa dos amigos que vivemos boa parte das nossas vidas, seja chegando ‘de a pé’ ou sobre rodas ou sobre patas. É na casa dos amigos que aprendemos a cuidar ou não dos filhos e é na casa dos amigos que decidimos ou não a ter filhos. Sobretudo, é tendo amigos que vamos à casa de amigos.
Não se passa a vida toda na casa dos amigos. Quando se caminha pela cidade pode acontecer de passarmos na casa deles. No dia-momento da árvore do Adão eu acabara de passar na casa de um. Passei como quem faz visita de médico. Poucos minutos. Ver se as crianças andam saudáveis (sempre, a seu modo, estão), ver se as coisas continuam andando. Estão, a seu modo. A vida é assim, tem lá suas impertinências.
O Adão vende melancias todos os anos nos fundos do prédio onde eu moro. Bota sua barraquinha num terreno desocupado e os filhos ficam por ali. De tempos em tempos ele traz as melancias de algum ponto do interior de Rio Pardo. Não duvido que seja do Passo da Taquara. Não duvido que seja das terras do Palmiro.
Seu Palmiro anda pousando alguns tempos na casa do tal amigo. É seu sogro. A voz anda fraca. Os olhos não. A alma anda, ainda, a espiar por demais. Assim me parece. Antes de iniciar o tranco de volta pra casa, estico a mão ao senhor que descansa no sofá da sala, digo um até mais e ele pede afetuosamente que eu me aproxime: “seja feliz”. Sai como um fiapo de vida, de urgência em alertar aos mais jovens que a vida é feita pra isso mesmo. Para se ser feliz. Prometo que sim muito mais a ele do que a mim.
Final 1: Não vivo de vender melancias, não preciso da sombra incerta de uma árvore plantada em um terreno incerto que sobreviverá ou não a um tempo e a uma vida incerta. A felicidade é um risco muito grande. Traz muito sofrimento para quem vê o fim se aproximar. Melhor o desencanto. A morte é, então, o tal paraíso.
Final 2: Viver é acreditar que vivemos uma só vez. É apostar que a sombra brotará mesmo na terra alheia, mesmo num cenário completamente adverso e improvável. Viver é ombrear o final e, mesmo diante do provável, pedir para o outro ser feliz, pedir para apostar na vida que seguirá sem ele.
Final 3: Volto pra casa. Entro pelo portão dos fundos. O corpo pede um banho. Pelo terceiro dia seguido entro por este portão praticamente na mesma hora e vejo, pela janela da sala, o mesmo senhor sentado diante da TV. Ele mora no B3. Não nos invejamos, provavelmente. Cada um, a seu modo, repete os dias e vive sem saber o que é depender do tempo para aplacar o sol ou a morte.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Umberto
Viu?! Ele é surdo. Surdo e cego. Está muito velho.
Entre o nascer e o morrer o sujeito espera o tempo consumir os seus sentidos. A vitalidade vai se tornando uma lembrança e em pouco tempo não há nem as lembranças. Humberto tem catarata, não ouve, caminha com dificuldade e os dentes já são raros. Está velho. Faz companhia ou permite que lhe façam. Fica na varanda o dia todo. Às vezes dá algum suspiro de rebeldia e vaga pelas quadras vizinhas. Consegue dar uma escapada. Perde-se e alguém precisa encontrá-lo pelas ruas.
Viemos juntos lá da fronteira. Lá de Rivera, ou Livramento. Para mim, tanto faz.
Minha mulher ficou. Não veio até agora e, pelo jeito, não vem mais.
Ligou pra mim no final do ano. Acho que não estamos mais casados. Preferiu o pai.
Humberto é velho, mas veio. Agüentou a viagem e não se queixa dos novos ares. Acho que, até, gosta. Humberto não está mais em idade de se importar com essas veleidades. Um dia a mais é a glória e não será a falta da campanha ou do minuano que irá lhe fazer mal. As vaidades ficaram para trás e a memória já é um luxo que garante poucas coisas: algum sabor da carne uruguaia, alguma angústia, algum sonho não compreendido.
Esse Humberto é com ‘agá’ ou com ‘u’?
Com ‘u’. Viu?! Ele não tem um só fio branco. Ainda é guapo.
Umberto tem um jeito resignado. Os velhos, muitas vezes, tem um ar imponente. Quase a soberba dos sábios. Umberto não empina o nariz ou parece saber de tudo. Ele só espera. Sabe o que está à sua espera e a respiração denuncia o entediamento de uma tarde de domingo sem fim. Tem razões para isso. O criador já lhe ofereceu o melhor e daqui pra diante não há mais nada. Só um tempo lento. Um tempo que multiplica cada minuto e faz os dias se transformarem em eras.
A estação ameaça virar, ameaça o velho com os humores do tempo gaúcho. Manhã de calorão, tarde gelada e noite de garoa com vento. Esses dias de destempero são a ruína dos desvalidos. O velho corre riscos.
Umberto não é algum umbertodê. Esse Umberto não terá um de Sica. Não correrá atônito atrás de um vira-latas. Este Umberto é um cão velho, sem dentes, cego e surdo.
É meu companheiro. Ele veio. Ela não.