terça-feira, 1 de maio de 2012

Trabalhos finais da turma de Fotografia Experimental (Curso Sup. de Fotografia/Unisc/1º sem.)

A disciplina de Fotografia Experimental ocupa apenas um bimestre e, por isso, já posso postar uma amostra dos trabalhos finais.
Essa tarefa de conclusão consistia, resumidamente, na produção de cinco fotografias que expressassem um tema unificador e que serviria como uma espécie de ensaio de exposição fotográfica para esses fotógrafos de primeiro semestre.
Os mais de 25 alunos apresentaram seus trabalhos na semana passada e posto aqui uma fotografia de cada para termos uma noção do que feito.

(Nem todos encaminharam seus trabalhos. Assim que as imagens forem chegando, vou atualizando)



Bibi Bazzo

















Caroline Quadros




















Daniela Heloísa Schwendler





















Fabiana Ferrari Prestes



























Roberta Knak






















Felipe Franco





















Jordan Claas de Souza




















Letícia Toriani




























Maikel Winkelman




























Paola Salles



























Renata Azambuja



























 Suelen Portela





quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cartazes para Direção de Arte I (PP/Unisc)

Semestre após semestre venho trabalhando o uso de figuras de linguagem para a comunicação visual (também pode ser identificado como retórica da comunicação visual). Geralmente uso como motivo para para a criação de cartazes algum conto do Borges, do Machado de Assis ou do Arreghi, que deve servir como enredo para um filme.
Este semestre usei novamente "A intrusa", do Borges, e aí está parte dos resultado da sala de aula. Nem todos os trabalhos estão aí e nem se trata de uma seleção. Estão postados os arquivos que estavam disponíveis.
Todas as imagens foram produzidas pelos alunos e, da minha parte, considero que os alunos apresentaram, de forma geral, bons trabalhos.

Nome dos alunos
Jéssica | Bárbara e Bruno | Frantiescoli;
Natália e Simoni | Jordana e Simone | Ana e Luiza.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Embalagens de chá: turma de direção de arte II (PP/UNISC)

Trabalho desenvolvido durante as duas primeiras aulas do semestre (2012/1).
Os alunos entregaram também os layouts das plantas técnicas e dos sachês.
A proposta, como se percebe em todas as peças, passava pelo uso de padronagens como recurso gráfico obrigatório (exercício). Os demais elementos visuais eram livres.

Lista de alunos:
Juliana e Ismael / Rafaela
Alessandro / Júlia e Guilherme
Etiene / Beatriz
Bruna / Eduardo
Thales / Josué

sábado, 3 de dezembro de 2011

Um homem cheio de esperanças

As três voltas ao redor da quadra não faziam parte do plano dramático e tão bem ensaiado durante os últimos dois dias. Estacionar muito distante dali poderia, no entanto, enfraquecer a cena. Uma vaga, enfim, a meia quadra do palco se abre como uma cortina. Ele poderá sair da escuridão da coxia. Observa-se no espelho um instante antes de abrir a porta e nota o cenho convicto. A maquiagem da dor continuava ainda bem posta. Abre o porta-malas e tira a bagagem. Caminha seguro e arrasta, sobre rodinhas barulhentas, dois pesos imensos. Um deles envolto por uma imitação de couro marrom e a outra num rosa infantil e sintético. Ele sabe o custo, em cada centavo e segundo, daqueles volumes.
A grande hora: ele abre as portas do escritório com um dos pés e joga as duas malas diante dela. A frase que havia pensado dizer na hora acaba não saindo e ela ouve algo que parece ser “fiquem juntos e sumam”. Os colegas ao redor ficam meio perplexos. Ninguém, de imediato, comenta. Alguns se olham e um ou dois desses olhares dizem um “eu sabia que isso ia acontecer”.
De volta ao carro, lembra de quantos presentes dera a ela, de quantos caprichos havia dependido naqueles últimos sete anos. Seria duro esquecê-la. Ela era linda e, sabia agora, por isso havia se achado no direito de roubar-lhe tudo. Roubara-lhe até a sua frase final: “sua puta, ele vai te abandonar e tu vai acabar sozinha”. Não conseguiu dizer e tampouco acreditou no que disse e no que queria dizer.
...
Ela trabalhou no escritório por mais uns meses. Agia de forma altiva e cheia de si. Agora não trabalha mais no escritório. Abriu uma loja e vive com seu namorado. Fala-se que vivem apaixonados.
...
O homem era só esperança. Exibia aquele sorriso sábio de quem sabe tudo sobre o mundo e de quem possui um segredo que o torna intocável. Ele acreditava que levitava. Dois anos de uma alegria que só não era maior porque, ele tinha certeza disso, o melhor estava por vir. Ele viveria com o seu amor, o amor redentor de uma vida tediosa e cheia de coisas que o desagradavam. A vida de um homem que vê a idade se transformando em algo pouco sutil nas suas palavras, traços e ocupações. Ela era linda e dava-lhe tudo o que o fazia acreditar que a Terra era mesmo o lugar no qual os homens viviam o nirvana da alma. Nos últimos meses o felizardo pusera em marcha um projeto audacioso: uma nova casa. A casa seguia sob a sua supervisão e cada acabamento, aberturas e cores eram decididos entre lençóis, presentinhos e promoções.
Chegaria o dia que a vida de segredos acabaria. Ele estava preparado para a rejeição da família, dos colegas. Ele, afinal, levitava. E o dia havia chegado. Ele viu quando o sujeito das malas entrou no escritório e ficou aflito e esperançoso. As malas jogadas, os olhos furiosos, a frase ríspida que ele não conseguiu decifrar e a saída brusca porta a fora não chegavam a ser as interpretações que ele esperava para a sua “deixa”. Mas era. Ele levantou juntamente com ela e caminhou em sua direção. Seu olhar era de um homem que saberia como encarar os próximos dias. A casa estava quase pronta e o clima no escritório poderia ser contornado. Ele era um homem de posses e poderia cuidar da situação. Haveria conflito e até reprovação. Ele estava pronto para tudo. Confiante - aquilo estava bem ensaiado -, ele disparou sua frase triunfal diante dos colegas: “Agora podemos ficar juntos”. Não foi o que aconteceu.
Duas histórias acabaram ali e uma continuou. Ela vive com o seu namorado.
O homem das esperanças exibe agora um olhar opaco e conta passos pelos corredores. Pensou mil vezes em convidar o sujeito das malas para chorar as pitangas e falar mal daquela puta linda.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011