sexta-feira, 25 de junho de 2010

"O segredo do teus olhos" em cartaz em Santa Cruz

Começa hoje à noite a exibição de O segredo dos teus olhos numa das salas do cinema aqui de Santa Cruz.
Imperdível. Já comentei sobre o filme  num post anterior.

O Segredo dos Seus Olhos, de Juan José Campanella, em primeira semana.

Sinopse: oficial de justiça aposentado se dedica a escrever um livro e usa sua experiência para contar uma história trágica, a qual foi testemunha. Com Ricardo Darín, Pablo Rago.

Gênero: drama.

Origem: Argentina/Espanha, 2009.

Censura: 16 anos.

Duração: 130 minutos.

Horários: 19 e 21h30.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Sujeito

Apertou no botão do 11º andar. Depois de o elevador ter voltado quatro vezes ao térreo, acordou e desceu. Saiu para a rua, andou uma quadra. Não estava no 11º. Voltou e fez o que havia programado fazer.
O carro estava com as janelas abertas e o celular atirado sobre o banco. Ninguém percebeu, tampouco ele e nada saiu do lugar. Ligou o carro e chegou ao trabalho. Estava adiantado, mas não mais do que uma hora. Não estranhou que o escritório ainda estivesse vazio. Não leu o jornal, ele não estava sobre a mesinha na sala do café. Tudo normal.
Atendeu ao telefone mais de 20 vezes. Não resolveu nenhum dos problemas. Foi pra casa satisfeito. Tarde resolvida e hora de jogar Wii.
Não se passava um só dia que não houvesse alguma novidade, alguma situação excitante. Nada lhe dizia respeito. Nem as linhas duras que nasciam. Nem a invisibilidade. Nem o sumiço da memória.
O mundo se transformou num fluxo de signos vazios. Significantes puros fluindo ao redor do Sujeito. Não era algo sobre o qual pensasse ou se desse conta. Ele já era um objeto movido pelo fluxo e só existia por ser algo assim. O estado constante das efemeridades sobrepostas preenchia o vácuo. Uma quarta dimensão sem as outras três.
Viveu. Nem nasceu, nem morreu. Viveu e era o que se podia dizer porque só havia a constância de um estar por ali. Ninguém mandou um telegrama avisando sobre a morte do significado. Conheceu a eternidade, mas nunca conheceu o seu sentido. Não fazia mesmo sentido.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Fotos noturnas

Fazia horas que não me estimulava a fotografar alguma coisa.
Semana passada decidi sair com minha Sony V1 e tentar registrar uma esquina pela qual passo diariamente e sempre me chama a atenção por seu contraste, por sua capacidade cenográfica. Fotografei-a antes de desaparecer. Uma hora dessas alguém acha que os pés de pêra estão atrapalhando ou o antigo prédio da fábrica de óleo é demolido, bom, e daí já era. Perdi várias cenas pela cidade ao protelar minhas ideias.





















Como estava pela rua mesmo já aproveitei e fiz mais uma da Igreja Luterana (na Venâncio Aires com a 7 de Setembro). Uma foto trivial. Vale mais pela oportunidade de fotografar sem o prédio que havia na frente, tornando, assim, o ângulo mais fácil de ser trabalhado.
Outra nota. A iluminação, o estado e o entorno da igreja estão em excelente estado e facilitam qualquer olhar, seja de um turista, de um pedestre, de um crente, de um fotógrafo.