quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A mídia num mundo distópico (texto publicado na Felafacs 2009/Havana)

O imaginário de uma época é impossível de ser alcançado ou descrito na sua totalidade. Temos pistas e indícios. Há registros das mais diversas formas que acabam servindo como indicadores das crenças, esperanças, medos ou ansiedades de determinados grupos. Um livro pode revelar a visão de um indivíduo sobre os temores de uma década. Mas pode ser um caminho para encontrarmos fragmentos de um imaginário ampliado. Tanto mais se percebermos que essas visões ou interpretações individuais se repetem e fazem surgir um conjunto razoável de registros que seguem olhares similares. Amplia-se a relevância desses registros quando eles se tornam um dos símbolos de um tempo ou lugar.

Já faz tempo que os meios de comunicação, e todas as relações de poder, assimilação tecnológica e produção estética intrínsecos a eles, têm sido considerados como um dos grandes motores da sociedade contemporânea. Credita-se, normalmente, à mídia uma capacidade muito grande de definir os contornos do nosso tempo. Encontramos em “Admirável mundo novo” a mídia relacionada com as grandes corporações produtoras de informação e entretenimento. Não se trata, porém, de um relato científico, de um apanhado sistematizado e quantitativo e baseado na realidade. É uma impressão, uma forma de ver que reflete questões importantes para entendermos como o futuro era pensado num passado nem tão distante.

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