Achei que "A fita branca" era imbatível como concorrente ao Oscar de melhor filme estrangeiro este ano. Enganei-me. Fui ver, tempos depois, o ganhador: "O segredo dos teus olhos", de Juan José Campanella. Não cheguei a mudar radicalmente de opinião. No entanto, esse diretor, já com longa trajetória, que até então eu havia feito pouco caso, por pura falta de curiosidade mesmo, entra para a minha listinha de grandes diretores contemporâneos.
Desde "O segredo", já vi "O filho da noiva" (2001) e "El mismo amor, la misma lluvia" (1999). Sei, sei, muita gente já viu e gostou. O quê posso fazer? Vi agora, na sequência, e posto aqui como sugestão de bom cinema atual.
Não procure por grandes inovações estéticas, mas para quem, assim como eu, gosta de uma história bem contada, com tramas habilmente entrelaçadas e uma contextualização bem elaborada com as condições históricas de fundo, eis o diretor.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
sexta-feira, 7 de maio de 2010
das trivialidades
Enquanto eu invisto meu tempo - meu precioso tempo! - lendo Verão (de Coetzee), pensando em como dar forma e sentido a uma tese que se arrasta, planejando uma viagem, avaliando provas e comprando o presente para o dia da minha mãe, o mundo insiste em se manifestar com sua notável indiferença.
Lá longe, as manifestações dos gregos matam pessoas, a bolsa cai, o dólar sobe, o papa tenta explicar a pedofilia, o petróleo se espalha pelo mar, o fanatismo continua a semear o terror e a ladainha segue.
Por aqui, as casas racham, a corrupção galopa, a ambição dos donos do mercado imobiliário não respeita nada e a incompetência para gerenciar o interesse público vira a regra.
Só mais uma semana nos nossos dias. Sim, e todos sobreviverão apenas porque é inevitável.
Lá longe, as manifestações dos gregos matam pessoas, a bolsa cai, o dólar sobe, o papa tenta explicar a pedofilia, o petróleo se espalha pelo mar, o fanatismo continua a semear o terror e a ladainha segue.
Por aqui, as casas racham, a corrupção galopa, a ambição dos donos do mercado imobiliário não respeita nada e a incompetência para gerenciar o interesse público vira a regra.
Só mais uma semana nos nossos dias. Sim, e todos sobreviverão apenas porque é inevitável.
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