sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Trabalhos de alunos - Artes Gráficas 2008/2
Trabalho desenvolvido pelos meus alunos de Artes Gráficas (2º sem).
A proposta consistia em denvolver o design para as capas de Cds a partir de certos movimentos ou escolas históricas relacionadas ao design gráfico.
Para este exercício os alunos não utilizaram nenhum tipo de recurso digital.
Alunos em ordem:
Regina (De Stijl), Jordana (Cubismo), Vitor (Cubismo), Denis P. (Construtivismo Russo);
Emily (Art Nouveau), Henrique (Estilo Internacional) e Denis A. (Bauhaus).
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Lançamento na Feira do Livro de POA
O livro "Edição de imagens em jornalismo" (Edunisc) ainda não está pronto, mas o lançamento para a Feira do Livro de Porto Alegre já foi marcado.
Será no dia 5 de novembro. Ainda não sei o horário.
...
Como ando sem muito assunto e este blog é mais um exercício do que qualquer outra coisa, não tenho me preocupado muito com a periodicidade dos posts.
...
Aproveito para deixar uma dica de leitura:
Coetzee, J. M. Diário de um ano ruim. São Paulo: Cia das Letras, 2008.
Ainda não finalizei, mas já considero a minha melhor leitura do ano. Melhor até do que o "Fantasma sai de cena" do Roth.
Será no dia 5 de novembro. Ainda não sei o horário.
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Como ando sem muito assunto e este blog é mais um exercício do que qualquer outra coisa, não tenho me preocupado muito com a periodicidade dos posts.
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Aproveito para deixar uma dica de leitura:
Coetzee, J. M. Diário de um ano ruim. São Paulo: Cia das Letras, 2008.
Ainda não finalizei, mas já considero a minha melhor leitura do ano. Melhor até do que o "Fantasma sai de cena" do Roth.
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sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Homenagem ao dia do meu pai
O pai do Amós Oz inventa palavras para coisas novas com uma língua muito antiga: o hebraico. Moisés quando atravessou desertos e mares falava hebraico e naquela época as palavras dos mandamentos eram conhecidas de todos: matar, mentir, roubar e assim por diante. Ninguém fazia idéia desde quando os homens matavam, mentiam e roubavam e as palavras para nomear tudo isso deviam existir desde sempre. Pois é, mas computador, televisão, Internet e energia nuclear o Moisés nem seus contemporâneos sabiam o que era e não havia razão para criar palavras para essas coisas.
Uma das ocupações do pai do Amós Oz, hoje em dia, é tentar criar palavras para coisas modernas usando essa língua quase morta.
Meu pai também tem esse dom, inventar palavras, mas ninguém pede para ele criá-las. Ele as cria porque é um insatisfeito. Não suporta aquilo que não tem um nome. Na verdade, hoje, quase tudo já tem nome. Mas há coisas que conhecemos e não sabemos os nomes. Há coisas também que têm nomes inadequados. Especialmente para o meu pai.
Durante anos vi um certo pinheiro crescer lentamente no pátio da minha casa. Era o assobialino. Nunca me pareceu um nome estranho. Nunca desconfiei e não foram raras as vezes que disse, cheio de convicção, que aquilo era um pé de assobialino. Assobiliano vem do efeito sonoro que a conífera provoca diante dos ventos mais impertinentes. Ele faz aquele barulhinho: zzzzzzzzzzzzzziiiiii! Algo assim. O quarto do pai e da mãe fica bem atrás do lugar onde existia o tal pinheiro assobiador. Não foram poucas as noites que meus pais devem ter ouvido o assobialino justificar seu nome. Passou o tempo e o esclarecimento achou por bem chamar o assobialino de Pinus Iliote (se bem que eu até tenho dúvidas sobre esse nome). Uma injustiça diante da poesia de assobialino. Restou a palavra. A árvore, minha mãe mandou eu cortar. Ela botava em risco a casa quando os ventos uivantes davam as caras.
A época do pão-de-bico eu não peguei. Meus irmãos passaram a infância comprando o tal de pão-de-bico. Era o pão francês grande. Mas eu só conheci o dito cujo por esse nome besta depois de grande. Pra mim, sempre o foi o pão d’água. Meus irmãos acreditam que pão-de-bico tenha sido mais uma reparação à língua portuguesa que não oferecia o termo apropriado àquele pão tão sem graça e que só se notabilizava pela forma bicuda das extremidades.
Meu pai não é um biólogo, tampouco se ressente disso. Isso, de forma alguma, o tornou incapaz de reconhecer uma nova espécie de ave azul com um bico semelhante a uma caturrita (esse bichos parecidos com cocotas). O animal inominado foi batizado como quiu-quiu. O nome reproduzia onomatopeicamente o “canto” da ave. O nome se espalhou pelo Porto das Mesas – o habitat onde a ave “rara” foi avistada pelo exímio observador da natureza. Tempos depois algum sujeito sem a capacidade de criar o seu próprio mundo desaconselhou o nome de quiu-quiu e veio com algum outro nome creditado como o verdadeiro. Ignoro.
Há, também, as palavras incapazes de sozinhas darem conta da multiplicidade dos usos de objetos corriqueiros. Assim como o esquimó vê e nomeia uma infinidade de brancos, o marceneiro – profissão do meu pai – vê seus móveis repletos de possibilidades lingüísticas. A palavra prateleira é usualmente aplicada para servir de base para objetos ou separação horizontal em balcões, estantes, armários e mais um monte de móveis. Serve também para colocar pratos e aí entra a solução lingüística do meu pai. Prateleiras servem para sustentar pratos e parteleiras servem para partir, separar. Há uma coerência etimológica. Acredito.
Há mais uma penca de peixes que, provavelmente, só a minha família deva conhecer pelos nomes que conhecemos. Não sou o Amós Oz e nem meu pai é o pai dele e nem por isso deixamos de ter um certo hebraico falado numa certa casa basca ali pelo Bom Jesus.
Uma das ocupações do pai do Amós Oz, hoje em dia, é tentar criar palavras para coisas modernas usando essa língua quase morta.
Meu pai também tem esse dom, inventar palavras, mas ninguém pede para ele criá-las. Ele as cria porque é um insatisfeito. Não suporta aquilo que não tem um nome. Na verdade, hoje, quase tudo já tem nome. Mas há coisas que conhecemos e não sabemos os nomes. Há coisas também que têm nomes inadequados. Especialmente para o meu pai.
Durante anos vi um certo pinheiro crescer lentamente no pátio da minha casa. Era o assobialino. Nunca me pareceu um nome estranho. Nunca desconfiei e não foram raras as vezes que disse, cheio de convicção, que aquilo era um pé de assobialino. Assobiliano vem do efeito sonoro que a conífera provoca diante dos ventos mais impertinentes. Ele faz aquele barulhinho: zzzzzzzzzzzzzziiiiii! Algo assim. O quarto do pai e da mãe fica bem atrás do lugar onde existia o tal pinheiro assobiador. Não foram poucas as noites que meus pais devem ter ouvido o assobialino justificar seu nome. Passou o tempo e o esclarecimento achou por bem chamar o assobialino de Pinus Iliote (se bem que eu até tenho dúvidas sobre esse nome). Uma injustiça diante da poesia de assobialino. Restou a palavra. A árvore, minha mãe mandou eu cortar. Ela botava em risco a casa quando os ventos uivantes davam as caras.
A época do pão-de-bico eu não peguei. Meus irmãos passaram a infância comprando o tal de pão-de-bico. Era o pão francês grande. Mas eu só conheci o dito cujo por esse nome besta depois de grande. Pra mim, sempre o foi o pão d’água. Meus irmãos acreditam que pão-de-bico tenha sido mais uma reparação à língua portuguesa que não oferecia o termo apropriado àquele pão tão sem graça e que só se notabilizava pela forma bicuda das extremidades.
Meu pai não é um biólogo, tampouco se ressente disso. Isso, de forma alguma, o tornou incapaz de reconhecer uma nova espécie de ave azul com um bico semelhante a uma caturrita (esse bichos parecidos com cocotas). O animal inominado foi batizado como quiu-quiu. O nome reproduzia onomatopeicamente o “canto” da ave. O nome se espalhou pelo Porto das Mesas – o habitat onde a ave “rara” foi avistada pelo exímio observador da natureza. Tempos depois algum sujeito sem a capacidade de criar o seu próprio mundo desaconselhou o nome de quiu-quiu e veio com algum outro nome creditado como o verdadeiro. Ignoro.
Há, também, as palavras incapazes de sozinhas darem conta da multiplicidade dos usos de objetos corriqueiros. Assim como o esquimó vê e nomeia uma infinidade de brancos, o marceneiro – profissão do meu pai – vê seus móveis repletos de possibilidades lingüísticas. A palavra prateleira é usualmente aplicada para servir de base para objetos ou separação horizontal em balcões, estantes, armários e mais um monte de móveis. Serve também para colocar pratos e aí entra a solução lingüística do meu pai. Prateleiras servem para sustentar pratos e parteleiras servem para partir, separar. Há uma coerência etimológica. Acredito.
Há mais uma penca de peixes que, provavelmente, só a minha família deva conhecer pelos nomes que conhecemos. Não sou o Amós Oz e nem meu pai é o pai dele e nem por isso deixamos de ter um certo hebraico falado numa certa casa basca ali pelo Bom Jesus.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Vencedores do SPD 43 (2007)
Conheça os vencedores do 43º concurso de design da SPD.
Visite o site - http://www.spd.org/winners08/ - e veja todas
as publicações em mídia impressa que se destaram em 2007 nos EUA.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Mais logos
Lembrei e encontrei mais alguns logos que criei ou ajudei a criar.
A marca da Rech foi desenvolvida juntamente com o Geraldinho
ainda na época que era necessário usar aerógrafo para gerar efeitos
de profundidade ou 3D.
A Pagus não existe mais e as outras estão firmes e atuantes.
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sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Cartazes: Feira do Livro de Santa Cruz do Sul
Durante os anos de 2005, 2006 e 2007 fiz parte da comissão organizadora
da Feira do Livro em Santa Cruz e nesses anos fui o responsável
pela criação do material publicitário.
...
Na 18ª edição a feira estava retornando para a praça e era necessário deixar isso bem claro.
Trabalhamos com o conceito 'um banho de literatura' e a imagem mais marcante da praça,
o chafariz, foi ilustrada com hidrocor pelo artista Hugo Bras.
A água que jorra do chafariz é um poema de Mario Quintana.
...
No ano de 2006 foi comemorado os 100 anos de nascimento de Mario Quintana
e o escritor foi o homenageado da feira. A ilustração foi novamente de Hugo Bras.
O design gráfico tem franca influência do estilo Art Nouveau.
A opção pelo estilo tem motivações pessoais e tem relação com o estilo do hotel onde
Quintana viveu boa parte da sua vida.
A frase-tema da feira era "respire novos mundos". O poema de Mario que segue abaixo
da frase, nas peças gráficas, fala sobre o poder que a literatura tem de arejar as nossas vidas.
...
Na 20ª feira houve uma ênfase nas atrações paralelas relacionadas, principlamente, ao teatro.
O conceito foi sugerido peo Luís Rehbein (SESC) e o material publicitário procurou tornar isso
visível através de uma série de imagens relacionadas às atividades da feira.
Essas imagens foram produzidas a partir de uma série de fotografias realizadas com os atores do
Espaço Camarim.
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Nova versão para "Edição de imagens em jornalismo"
Ainda não temos uma decisão final
sobre a capa para o livro.
A nova proposta altera a cor,
a textura (valoriza o uso de retículas)
e o corte (agora há uma moldura branca)
em relação à versão anteriror.
sobre a capa para o livro.
A nova proposta altera a cor,
a textura (valoriza o uso de retículas)
e o corte (agora há uma moldura branca)
em relação à versão anteriror.
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